Hélio Costa: ‘TV do Chávez é hilária; para rir, é útil’
Por Venezuela Real - 27 de Marzo, 2007, 10:33, Categoría: Imagen gobierno / Chávez
Josias de Souza
Folha On Line (blog) Fuente original 24 marzo, 2007 O ministro Hélio Costa (Comunicações) considerou “despropositada” a reação do embaixador da Venezuela em Brasília, Julio García Montoya, às críticas que fez à TV estatal venezuelana. Aconselhou o embaixador a “dobrar a língua”. E redobrou as críticas à TV de Hugo Chávez. “Estou dizendo o óbvio”, disse o ministro há pouco, em entrevista telefônica ao blog. “O Chávez pode ser um líder carismático, mas ele faz uma péssima televisão. Como ministro das Comunicações, tenho todo o direito de fazer críticas a qualquer programação de TV que seja mostrada no Brasil. E a TV venezuelana chega pelo nosso sistema a cabo. Não é ruim. É péssima.” O ministro acrescentou: “A única razão de ser dessa TV no sistema a cabo brasileiro é que ela é hilariante. Para rir, tem grande utilidade. É melhor do que o Chaves mexicano”. Para que o leitor possa tirar suas próprias conclusões, o signatário do blog acomodou acima um vídeo do Chávez venezuelano. Abaixo, vai um trecho do Chaves mexicano. Além de fazer “péssima televisão”, disse Hélio Costa, o presidente venezuelano “não sabe escolher embaixador para o Brasil.” Para o ministro, García Montoya “é malcriado, mal educado e não está preparado para ser embaixador num país vizinho e amigo”. Aconselhou-o a “dobrar a língua antes de se referir a uma pessoa que, além de ministro de Estado, é senador da República, eleito com 3,5 milhões de votos.” Hélio Costa é senador pelo PMDB de Minas Gerais. “Ele [García Montoya] não teve um único voto para se tornar embaixador. Fiz comentários sobre uma TV que adota procedimentos de divulgação superados na comunicação moderna. Isso não dá audiência. Há países em que, se a imprensa faz alguma crítica, ameaça-se fechar o jornal, a emissora de TV. Aqui no Brasil não é assim.” A crise entre Hélio Costa e a chancelaria venezuelana foi aberta por declarações feitas pelo ministro na última quarta-feira (21). Referindo-se à TV do Executivo, que será lançada por Lula, Costa disse que ela não será uma emissora estatal. "TV estatal é o que o Chávez faz, TV estatal é o que se faz em Cuba”, disse ele. A despeito da reação do embaixador venezuelano, que, em nota, considerou as afirmações “insultuosas e perigosas”, Hélio Costa insiste em dizer que a TV pública brasileira, para dar certo, tem de oferecer ao telespectador algo diverso do que a Venezuela leva ao ar na sua rede televisiva estatal. “Temos 18 emissoras abertas de TV no Brasil. Só oito são vistas. As outras dão traço de audiência. Não basta ter um canal de TV. Tem que haver imaginação, inteligência, profissionalismo, competência, recursos, para fazer uma televisão que as pessoas queiram ver”. O ministro disse que seu papel limita-se à área técnica. Não terá influência na definição editorial da TV do Executivo. “O que me foi pedido pelo presidente foi para verificar se era possível, tecnicamente, fazer uma rede nacional de TV pública. Eu fui a ele, depois de quatro, cinco meses de estudo, e disse: tem jeito. Essa era a minha missão. A mim não cabe dizer o que vai ser exibido nessa televisão, se ela vai ser pública, se vai ser privada ou estatal. Eu respondi a uma pergunta técnica do presidente”. Não receia que Hugo Chavez telefone para seu amigo Lula, cobrando uma retratação? “Não me referi ao Chávez”, responde Hélio Costa. “Eu me referi à TV dele. Aqui todo mundo falou da TV pública como se fosse a TV do Lula. E ninguém no governo reclamou. Somos democráticos. Alguém diz que é a TV do Chavez e gera uma crise dessas. Ora, francamente, o que é isso? Não tenho porque temer qualquer situação. Além de ministro, sou profissional do setor. E acho a TV venezuelana ruim. É ruim demais. Não é pouca coisa não.” Josias de Souza, colunista da Folha de S.Paulo |
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